Que o mundo corporativo é como um oceano e os homens brancos cis e héteros são como tubarões prontos para devorar todos sem o menor teor de piedade, já é bem obvio nos termos do século XXI. A Comunidade LGBTQIAPN+, mulheres, pessoas pretas são pontos de disparidade em uma luta por sucesso.
Acreditar que nesse ambiente hostil podemos crescer e ser algo que sonhamos é difícil, mas não impossível. Quando falamos de minoria, se estabelecendo no mercado, somos como peixes prontos para serem devorados.
Acuada e amedrontada, a população LGBTQIAPN+, toma rédeas aos poucos. Mas, uma luta constante segue sendo nossa jornada. No dia do combate à homofobia, queremos relembrar que estamos sendo julgados em todo e qualquer ambiente, seja trabalho, social e convívio familiar. Com o passar dos anos, agências e grandes empresas tendem a se posicionar em datas como essa e o mês de junho (mês do Orgulho LGBTQIAPN+). Mas há muito mais a se fazer, passando para o além de um único dia ou um mês.
Em dados analisados por entrevistas do centro de seleção Elancers, 20% de 10 mil empregadores pontuaram que não contratariam homossexuais. E sabemos que essa parcela é mais exponencial, mas a outra parcela tenta esconder o preconceito. Segundo o mesmo estudo, 7% declaram que não contratariam um LGBT e 11% contratariam, desde que a pessoa não chegasse a um cargo de chefia. Por anos, as ditas brincadeiras são levadas como cotidianas. Enquanto nem deveríamos pregar um adjetivo tão leve, algo que ofende e tanto machuca aos que recebem.
Cerca de 40% dos profissionais LGBTQIAPN+ enumeraram que já sofreram algum tipo de discriminação no trabalho por sua sexualidade ou identidade de gênero, são dados da Coqual de 2016.
O preconceito só será enfrentado com a união de uma comunidade, trazer a diferença para a luta que compreende mais do que uma das ramificações da sigla LGBTQIAPN+. Esse dia é a lembrança que aos poucos começamos a criar o cardume de peixes que consegue combater o mundo opressor, graças a sua união. Seremos mais poderosos com o reconhecimento das diferenças impregnadas em todos os meios de convívio social. Discutir é o primeiro passo para conversas reais resultarem em mudanças reais.
Autor: Lucas Serra | estagiário em redação da Tudo MKT e LGBTQIAPN+